Fonte: manual Saber em ação - pág. 15.
Naquele dia, se me lembro bem, dezoito de maio de mil setecentos e sessenta e cinco, eu e os meus ‘colegas’ piratas estávamos prestes a achar o maior (e mais precioso) tesouro do século XVIII, quando o meu capitão avistou um barco carregado de mercadorias e ouro e logo exclamou:
- Piratas, ao ataque! Vamos assaltar aquele barco e ficamos com tudo o que ele tem e assim ficamos mais ricos com o tesouro! Mandou-nos içar as velas, e ... Às armassssss!
Após grande luta, os nossos adversários continuavam a mostrar-se bastante resistentes e foi necessário saltar para o outro barco atacando assim com as nossas espadas.
Eu sugeri um plano infalível, mas acharam que era um plano muito estúpido e não o aceitaram.
Para o capitão, aquilo já estava ganho, mas eu sabia que não era assim tão fácil! Apesar de rapariga eu lutava bem, e de todos os planos infalíveis que já tínhamos feito os meus eram os melhores!
Estava muito difícil e eu convenci o meu capitão e os outros piratas a seguirem o meu plano, e graças a mim ganhámos a batalha!
Apesar da vitória, ainda hoje me sinto culpada por tantos marinheiros terem desaparecido!
A partir daquele dia, apercebi-me de uma coisa: ganhar e/ou enriquecer não é muito importante e não nos faz felizes!
Na batalha seguinte, sem que ninguém se apercebesse fugi para o outro navio. Os piratas perderam aquela batalha e eu ganhei uma nova vida!
Percebi que tinha muitas qualidades e deixei de ser pirata!
Existem muitas aventuras (enquanto pirata) que podia contar, mas decidi contar esta por ser a última.
Autora: Ana Lúcia Gomes
Um pirata português
Há muito muito tempo, eu fui um pirata português!
Quando avistávamos um barco cheio de jóias e de grandes riquezas, atacava-o com os meus noventa e nove mil homens.
Nós saíamos sempre a ganhar.
Metade do que ganhávamos ficava connosco, e a outra metade entregávamos a Sua Majestade El rei D. Manuel.
Como recompensa Sua Majestade homenageava-nos com um banquete ao ar livre.
Como D. Manuel gostava muito dos tesouros que lhe trazíamos, nomeou-me capitão de uma nau pirata portuguesa.
Autor: Diogo Santos
Uma noite, estava eu com o meu capitão e com outros piratas a navegar num barco muito grande e aconteceu que o barco se descontrolou e se afundou. Estava muito frio e tanto nevoeiro que não se conseguia ver nada…
Todos os piratas caíram à água. No dia seguinte, de manhã, eu fui parar a uma costa e não sabia onde estavam os meus colegas piratas. Eu estava muito assustada, porque estava sozinha sem conhecer ninguém.
Nadei até ao outro lado do mar e encontrei o meu capitão doente. Ele estava muito mal e eu ajudei-o.
Levei-o para a areia e conversei com ele.
No dia seguinte, à noite, ele estava melhor e fomos passear à beira do mar para encontrar um sítio para podermos descansar. Encontrámos uma gruta.
- Deve estar ali alguém – disse eu.
- Pois deve, vamos ver! – disse o capitão.
E fomos ver. Estava uma menina pequenina à procura dos seus pais (que entretanto já tinham falecido).
Ela veio ter ao pé de nós e disse:
- Sabem dos meus papás?
Nós respondemos:
- Não, minha querida, estás aqui sozinha? Não tens medo? Como te chamas?
- Estou sozinha porque não encontro os meus pais. Chamo-me Marta – respondeu ela.
- O que aconteceu aos teus pais? – perguntámos nós.
- Eles estavam num barco e acho que morreram, não sei – disse a Marta.
- Coitada de ti! Nós vamos ficar contigo esta noite e amanhã logo se vê.
Dormimos bem. No outro dia, à tarde, vimos um barco e acenámos, pedindo por socorro.
Eles ajudaram-nos e nós agradecemos. Pedimos ao capitão daquele barco que nos levasse para Portugal. Ele respondeu:
- É com todo o prazer que vos levarei a Portugal.
Quando chegámos, fomos para casa do meu capitão. A Marta e eu vivemos com o capitão durante algum tempo. Mais tarde, passados alguns anos, a Marta veio viver comigo na casa dos meus pais, que entretanto consegui encontrar. Eu e os meus colegas piratas, juntamente com o meu capitão apenas queríamos encontrar um tesouro, mas encontrámos algo melhor… uma rapariguinha muito querida e simpática!
Autora: Ana Catarina Neves Tacão
Um comentário:
OS vossos textos estão muito giros! Eu gostei muito!
Bjs
Ana Sofia Doutor
Postar um comentário